Com risco de afundar, Tuvalu reconstruirá território da ilha no metaverso

Tuvalu é um país-ilha localizado no Oceano Pacífico. Devido ao aumento do nível do mar, o local corre risco de ser submerso pela água. Para evitar o possível desaparecimento do território, o governo local disse que recriaria a ilha no metaverso como forma de preservar a nação.

O anúncio foi feito nesta semana por Simon Kofe, ministro de relações exteriores, da justiça e das comunicações de Tuvalu (um território da Polinésia), durante discurso para a COP27, a Conferência das Nações Unidas Sobre Mudança de Clima, realizada neste ano no Egito.

A ideia de “mover” a ilha para o metaverso tem como objetivo “replicar a paisagem da ilha”, de modo que os locais possam manter a cultura do povo, “enquanto o crescente aumento do nível do oceano ameaça” submergir o estado.

“Com a nossa terra desaparecendo, nós não temos outra escolha que ser a primeira nação digital do mundo”, disse Kofe, em um cenário criado por computador.

“Nossa terra, nosso oceano e nossa cultura são os bens mais preciosos de nosso povo — e para manter tudo isso seguro de danos, não importa o que aconteça no mundo físico, iremos mudar para a nuvem”.

Tuvalu tem uma extensão de cerca de 25 km quadrados e uma população de 12 mil habitantes.

O governo local tem construído aos poucos a ilhota de Teafualiku no metaverso. Apesar de não ter uma data exata para o local submergir no mundo real, acredita-se que o mar tomará a ilha nas próximas décadas, se nada for feito. Alguns cientistas dizem que em 100 anos o local estará completamente submergido

Em seu discurso, Kofe ressaltou que nada foi feito desde a COP26 (edição da conferência realizada no ano passado em Glasgow, na Escócia). “Temos visto as projeções de temperatura bem acima de 1,5 graus Celsius, indicando o eminente desparecimento de ilhotas como esta”.