A clonagem de certificados digitais no TRT-RJ – Espaço Vital

Há alguns dias foi noticiado que no TRT do Rio de Janeiro houve uma clonagem de certificados digitais e, com isto, falsários teriam obtido mais de R$ 4 milhões em saques com alvarás.

Proponho um debate interessante sobre a possibilidade de clonagem dos certificados digitais e, mais, sobre a segurança dos mesmos no processo eletrônico.

Acredito que nenhum tipo de tecnologia seja totalmente inviolável, entretanto, certificados digitais são meios seguros de boa para excelente confiabilidade.

Culpar a invasão/clonagem apenas a tecnologia é pueril.

Em fato, mesmo sem investigações conclusivas, ao meu pensar, houve interferência humana para que o certificado fosse clonado (emissão falha) ou mesmo copiado. No caso, o falsário deve ter tido acesso ao certificado digital, senha e outros elementos.

E neste raciocínio, é imperioso que além de investir pesado em tecnologia, devemos acometer pesado em treinamentos, em fluxos e procedimentos para dar maior segurança e minimizar o erro humano.

A tecnologia não é perfeita; o ser humano também não.

De nada adianta um sistema altamente seguro, confiável contra terceiros e invasões, se a pessoa que lida com o complexo de normas e padrões coloca sua senha num papel à frente do computador.

A situação ocorrida com o TRT-RJ é um exemplo para que se investigue com atenção pessoas envolvidas, como se deu o movimento para que o crime ocorresse e, principalmente, quais alterações necessárias fazer para que estes fluxos não se repitam.

Dar crédito aos fatos apenas em relação aos instrumentos que foram usados é querer criminalizar o revólver – e não quem estava manejando o mesmo…

E no seu negócio, o caro advogado que nos lê investe em tecnologia? Ele busca o melhor e mais atualizado? Se assim o faz, parabéns!

Entretanto, sem treinamentos para a equipe, sem fluxos desenhados que deem e reforcem a segurança, todo esse investimento pode ser um insucesso.

#PenseNisto